30 setembro 2007

Amigos. Com Dolores, mas amigos.

http://www.youtube.com/watch?v=AOOVyQP5qCA

Sofia!!!


Conheço-te daqui. Destas tardes de fim de verão em que aparecias sorridente e vaporosa na pujança viçosa duma juventude indolente perante um Verão cheio de desconhecidos que te atazanavam e de como me surpreendeste quando quiseste vir. Lembras-te dos Amigos? Do que ouvias, de como rias, como os teus dias passavam rápidos e de como te enchias de felicidade com as mais pequenas coisas? E de como eu invejava os teus chocolates, que metias naquelas caixas que construías com as tuas próprias mãos? As mesmas que me acariciavam e que me enchiam de mimos e ternura? Lembras-te das coisas simples e das simpatias que trocávamos, como os saldos dos Optimus para mitigar a solidão de quem estando perto fica tão longe? Lembras-te disso, Sofia? E, de mim, lembras-te? Da tarde em que zarpei e dos dias em que me procuraste sem eu querer ser encontrado? E de Ourense também te lembras? Lembrei-me disto tudo. Hoje. Agora. Enquanto arrumo os discos e me lembro deles todos e do meu sótão e do meu sofá e da minha cama e da minha cozinha e das minhas escadas. Ah! Se me lembro. De como te rias por tudo e por nada, de como corrias, de como sonhavas e tudo te deixava feliz. E de como te invejava porque eras incomensuravelmente jovem, sensível, dedicada e atenta. Sofia! Terna Sofia, que é feito de ti por estes dias em que o Outono me volta a atormentar e já não te tenho para me serenar nestes dias em que a chuva bate nas telhas e por baixo ninguém se aconchega por entre um rasgo de luminosidade? Lembras-te da neve e destas alvoradas plenas de encantos e de como calcorreamos aquelas calçadas, de mão dada com papéis trocados, eu, um puto, tu mulher adulta? E dos passeios em torno do Benquerença, lembras-te? Eu lembro. Lembro e lamento-o, de cada vez que a chuva me atormenta.

Impunidade ou Morte?

http://dn.sapo.pt/2007/09/30/media/rio_que_falta_politicos_deve_a_impun.html

Muito gostava eu que me dissessem como se processa o vencimento de um presidente de câmara. Sobretudo daqueles que não se admitem como administradores temporários da cousa publica e não se admitem num escrutinio. Agora temos a culpa da mediocridade, da ganância, do desnivel e da ruindade de alguns politicos. Bem antes sermos culpados da falta de politicos; sobretudo destes que nos têm calhado em sortes nos ultimos anos, espero eu; do que da falta de vinho ou de pedras na Palestina.

PS: Ai fica a prosa para que conste a extrema bondade de quem nos serve e graças a Deus, pensa e decide por nós. Bem-hajas Grande Rio.

"O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, desferiu duras críticas à comunicação social, afirmando que a falta de políticos em Portugal se deve à impunidade dos jornalistas. "Cada vez há menos gente disponível para ocupar cargos públicos porque têm medo da comunicação social", argumentou Rui Rio, sexta-feira à noite, em Vieira do Minho, durante a sua intervenção na II Conferência do Clube de Amigos de Vieira, subordinada ao tema Os jogos do poder na comunicação social.O autarca social-democrata criticou a forma como "alguns jornalistas" exercem a sua actividade, pediu o "fim da impunidade" no jornalismo e defendeu a necessidade de se caminhar para a "auto-regulação na comunicação social". "Tem de haver mecanismos de defesa das pessoas perante a difamação ou a insinuação que determinados órgãos de comunicação fazem aos políticos", defendeu Rui Rio, apontando este facto como a "principal razão" que leva algumas pessoas a não aceitar convites para exercer funções numa autarquia ou no Governo."Muitos jornalistas pensam que eu não penso mas eu penso".

28 setembro 2007

Levantem a mão, porra!

Pequeninos, manobráveis, eficazes e basta levantar a mão. Comecemos então por ontem quando o meu veículo se recusou ir à Guarda. Tem vontade própria e não vale a pena apoquentá-lo mais. De S. Martinho, onde cheguei de reboque e parti de automóvel, esperei ligeiramente e eis um supositório penalvense travestido de ecológico, versão IV e ala para Viseu. Dia sem carro, dia de cidade ao desbrago. Supermercado da burocracia com ele e aí sim, agarro um verdadeiro transporte publico. Um azulinho, ecológico, bonito, eficaz, que pára quando acenamos e nos deixa entrar quanto queremos. Estava na primeira linha azul e um motorista eficaz e urbano esclareceu a minha douta ignorância. Para o supermercado da burocracia, é a nova linha! Sai no Rossio. E claro o resto já eu sei. É só esperar uma dúzia de minutos que ele volta a passar. Na nova linha eléctrica a kilovolta custa apenas 40 cêntimos. E vamos nelas todas, barros cima, pedras acolá e canta o grilo que já cá estamos. É no pital que a catenária muda e volta atrás. Eléctrico cheio. Preguiçosos como eu, gajas bonitas, velhotas simpáticas e tias que não se podem sentar, o eléctrico abalou cheio. Quanto custa comprar mais um que só faça as circulares? Assim os idiotas que trabalham na cidade e trazem o carro para cima da secretárias; os asnos que gastam pipas de massa em gasóleo barato; os parolos e as lesmas entendessem que não vale a pena. O que vale é deixar o carrito na entrada e andar ecológico. Isto era o que devia ter sido dito. Basta tirar a tarde para tratar dos papéis e calcorrear o burgo velho. Ouvir o miúdo com a guitarra às escuras, escorropichar uma negra nas gatas ou sorver uma posta sentada num papo-seco para se perceber. Viver por cá implica conhecer e saber. E é uma estupidez não conhecer isso. Quanto mais o resto.

PS: Avisam-se os incautos que acima e abaixo existem sempre outras latitudes que não os nossos umbigos.

PS2: Fascista e aldrabão. E já viste que estás rodeado de incompetentes, incapazes de escorarem a fachada sequer?

09 setembro 2007

Esta policia municipal não me serve!


A Policia Municipal, nos termos da lei- porque raio não lhes ensinam Direito?, é uma policia administrativa. A que vou vendo por aí aos domingos de manhã mostra-se convicta que chega a farda e pronto, estamos identificados. Ah! Se só as fardas fizessem a autoridade até os burros seriam policias. E depois, provavelmente porque andam zangados de trabalhar ao domingo, mostram-se descortezes, arrogantes e nada uteis. E quando o cidadão, já de si atarantado com o trânsito quer saber com quem está a falar e não vê o nome do policia, exige ver a identificação ainda houve dizer que "já estou identificado pela farda!". Ora, foram muitos anos de conquistas para obrigarem os policias a trazerem uma chapinha com o nome. Creio até que faça parte da farda. Depois o cidadão exigir a identificação é de elementar justiça e quem a mostra deveria sentir-se um privelegiado por ter tal coisa. Por fim a conduta. Um policia municipal não é um fiscal. É um agente da autoridade para servir a Lei e o municipe. E o cidadão não é o inimigo nem o criminoso. Não entender isto mostra que não pode ser policia quem quer. Enfim, como diria o outro: "habituem-se".

05 setembro 2007

Dias tristes para as rádios

Uma empresa de Viseu ganhou a licença para a rádio local de Seia. Um processo antigo e cheio de vicissitudes. Esta empresa de Viseu apresenta pergaminhos de percursora na automação das rádios a nível mundial. Automação é com eles, fazem e bem feito. Já nos conteúdos e pese embora também já ter sido percursora conhece agora as ruas da amargura. O projecto local, apesar de encabeçado por algumas figuras gradas da hierarquia politica local, também me pareceu multi partidário e recheado de gente que tem ideias e delas já mostrou provas. Foi em Seia e como foi lá a melhor ilação que se tira, e também a mais isenta, é de que esta tal de regulação para a comunicação social continua enguiçada onde devia estar ligeira e escorreita quando deveria ser sensata.

PS: Proibir a divulgação das escutas? Para quê se o crime é publico?