26 janeiro 2007

A blogagem, o Chiken Charles, os bombeiros e agora o canudo!

As pessoas querem um rosto, um nome, uma impressão digital, uma identidade. Não querem saber se temos razão, se deixamos de a ter, nos factos que conhecemos, nos argumentos em que nos sustentamos, no que quer que seja. Uma identidade. É tudo quanto baste. Identidades à parte, corramos às novas tecnologias. Com o advento da internet, vieram os sítios, depois os chats, depois a pornografia e a pedofilia, os blogs e finalmente os vídeos. É o multimédia, estúpido! Dirão alguns. Vejam-se os factos trazidos à baila por essa cidade de montanha e de ares aprazíveis, a Covilhã (permitam-me apenas um breve e deslocado desabafo: e meu caro senhor, essa de brandir em comparação os números dos impostos é uma tontice. Gastar tempo a escrever esses argumentos, uma tolice. É mais antiga, mais importante e é capital de distrito e de província.). Em que irá dar o caso “Chiken Charles”? Ninguém sabe, ninguém pode garantir. Antes disso nós tivemos o caso “Viseuoffline.com”. Em que deu? O que originou? Comentários desproporcionados. Nada mais. Hoje conhecemos o caso “canudo”, mais do mesmo, mas desta vez na cidade dos três P. O que aqui importa e apenas isso é perceber-se a cultura da internet e das suas potencialidades. Entender-se isso e apenas isso. E claro, os ganhos pelas denuncias que vão aparecendo, umas vezes a coberto desse anonimato, tantas vezes gabado, tantas vezes vilipendiado. Outras vezes de cara posta. Alguém saberia por exemplo, que a PJ se interessou pelos bombeiros se não fosse o blog dos bombeiros? Por certo que não. Independentemente se há fogo ou só fumo. O anónimo falou. Mais bombeiros. Alguém saberia por exemplo que as conclusões dos inquéritos aos casos das mortes em Mortágua e Famalicão da Serra ainda não foram tornadas públicas? O assinado falou. Portanto a internet é a liberdade. Por vezes irresponsável, por vezes responsável. Agora as identidades. Foste tu, foi ele. Que interessa isso? O que interessa é que quem acusa tem que provar. Regra básica. E não basta acenar com o Luís ou com o João que ouviram dizer. Provas. É que a verdade não é aquilo que ouvimos dizer ou que gostávamos que ela fosse. A verdade, são factos. Portanto provas. E as provas meus amigos, é que são elas. Porque deriva da cultura da World Wild Web. Não entender isso é não entender nada. Pelo que o anonimato nos blogs se entende. E a tal cultura, perdoando a redundância, o cultiva. O medo das represálias. E como cada um sabe da sua vida e Deus da de todas, as únicas certezas que temos é que no final haverá sempre um coveiro para tapar a cova ou um pirómano para incendiar a pira. Cá por mim estou tranquilo. Com uma certeza. Não admito falsos testemunhos e muito menos falsas acusações. E não tolero, não aceito e não quero represálias. Não quero gajos que não são jornalistas nas minhas conferências de imprensa, como não quero ser perseguido pelos protagonistas das minhas notícias. Estamos entendidos? No final, lá bem no fim_zinho, sou um gajo igual aos outros. Gosto de ter um emprego onde faça o que gosto e claro quero os meus bifes, os meus tintos, os meus cigarros e a minha gaja na cama. Quero ter direito à verdade, aos factos à livre opinião e ao livre pensamento e quero um salário no final do mês. Mas tudo por mérito. Porque tudo, mas mesmo tudo, se sabe. Estamos entendidos? É que vivemos em democracia e eu ainda acredito no Deus, Pátria e Famílias. O Deus que nos ensina que o mundo é dos justos. A Pátria que nos garante a liberdade de fazermos o nosso trabalho e a garantia de termos as nossas convicções. E as Famílias das quais eu não prescindo. Da que me viu nascer e daquelas a que ao longo da vida fui pertencendo e algumas a que pertenço. É que somos da família por direito e por nascimento. E esse direito, meus amigos, é inalienável. Portanto preciso ser ordinário para me fazer entender. Quem não tem cu não se pode meter a paneleiro. Mas quem tem telhados de vidro não pode atirar pedras, porque quem com ferros fere, com ferros morre. E portanto voltando às histórias, minhas, e aos fogos, meus e de outros, têm sempre dois lados. O de quem acusa e o de quem se defende. E quando arde e quando está apagado. Não entender isso é não entender nada. Porque eu também gostava que o mundo fosse um lugar mais feliz.

PS: EFF
PS 1: CNPDI
PS 2: Apenas seis meses
PS 3: IMEI
PS 4: copy and paste

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