28 setembro 2007

Levantem a mão, porra!

Pequeninos, manobráveis, eficazes e basta levantar a mão. Comecemos então por ontem quando o meu veículo se recusou ir à Guarda. Tem vontade própria e não vale a pena apoquentá-lo mais. De S. Martinho, onde cheguei de reboque e parti de automóvel, esperei ligeiramente e eis um supositório penalvense travestido de ecológico, versão IV e ala para Viseu. Dia sem carro, dia de cidade ao desbrago. Supermercado da burocracia com ele e aí sim, agarro um verdadeiro transporte publico. Um azulinho, ecológico, bonito, eficaz, que pára quando acenamos e nos deixa entrar quanto queremos. Estava na primeira linha azul e um motorista eficaz e urbano esclareceu a minha douta ignorância. Para o supermercado da burocracia, é a nova linha! Sai no Rossio. E claro o resto já eu sei. É só esperar uma dúzia de minutos que ele volta a passar. Na nova linha eléctrica a kilovolta custa apenas 40 cêntimos. E vamos nelas todas, barros cima, pedras acolá e canta o grilo que já cá estamos. É no pital que a catenária muda e volta atrás. Eléctrico cheio. Preguiçosos como eu, gajas bonitas, velhotas simpáticas e tias que não se podem sentar, o eléctrico abalou cheio. Quanto custa comprar mais um que só faça as circulares? Assim os idiotas que trabalham na cidade e trazem o carro para cima da secretárias; os asnos que gastam pipas de massa em gasóleo barato; os parolos e as lesmas entendessem que não vale a pena. O que vale é deixar o carrito na entrada e andar ecológico. Isto era o que devia ter sido dito. Basta tirar a tarde para tratar dos papéis e calcorrear o burgo velho. Ouvir o miúdo com a guitarra às escuras, escorropichar uma negra nas gatas ou sorver uma posta sentada num papo-seco para se perceber. Viver por cá implica conhecer e saber. E é uma estupidez não conhecer isso. Quanto mais o resto.

PS: Avisam-se os incautos que acima e abaixo existem sempre outras latitudes que não os nossos umbigos.

PS2: Fascista e aldrabão. E já viste que estás rodeado de incompetentes, incapazes de escorarem a fachada sequer?

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