28 fevereiro 2006

Os socialistas e o Salazar

Não se encontram diferenças entre o actual regime socrático e o regime salazarista. A começar no estrangulamento constante à liberdade de imprensa e à tentativa de controlo mais básica que actualmente se começa a esboçar. Quando não vejamos: o novo regime legal para impedir a violação do segredo de justiça ataca o mensageiro e nunca o transgressor. Isto é, por artes do divino espirito santo, consegue-se saber que fulano de tal está indiciado por corrupção e tal sai noticiado. Há que accionar criminalmente o jornalista por perturbação de inquérito em curso(se isto não é uma definicação infinita e salazarenta...!) e nunca o desgraçado do funcionário do ministério da Justiça que deu com a lingua nos dentes ou de forma mais prosaica, que meteu a boca no trombone. Em segundo, consegue-se que um tribunal, cujos juizes são irresponsaveis (à luz da lei claro) declare que o segredo profissional é secundário em relação a uma investigação. Curioso, aqui em Viseu morreu uma puta e ao que se diz com SIDA. Entretanto o médico ficou resguardado no seu segredo profissional e ninguém o responsabiliza. E mais queca para aqui, mais queca para acolá, a tal de meretriz lá foi engordando a conta bancária. Outro exemplo barbaro. Um juiz sabe que o réu é culpado, mas porque alguém usou um expediente legal, sai em liberdade. Lá fica o meretissimo constangido ao segredo profissional. Mas para os jornalistas, zumba. Outra ainda: um envelope estranho com numeros de telefone de muita gente responsavel na estrutura do Estado aparece apenso a um processo de pedofilia. Um jornal consegue-o, acha-lhe (e quem não acharia?) interesse noticioso e publica-o. Zás, ponham as mãos fora do teclado, que chegou a policia dos costumes e dos neurónios e deixa-me coscuvilhar não o que tens aí, mas que mais tens aí. Alguém ouviu o governo barafustar contra a coarcção evidente á liberdade de imprensa? Não. Curioso, um ministro que não é irresponsavél (mas quem dera que fosse) a própósito de uns cartoons atiça a estupidez para cima deste povo com uma historia gigante, enorme e infindavel de 30 anos de democracia (sim a democracia terminou em 2004-pelo menos para mim) e diz que temos que respeitar uns gajos que se zangam porque pusemos um preservativo no nariz do Santo Padre, desculpem, no tal de Alá e temos todos que viver uns com os outros. Onde estava este tal de Amaral, quando crianças num país que até tem engenhos e misseis nucleares se manifestam, ululando gritos de morte ao ocidente?
O Salazar pelo menos dava-se com Deus e com o Diabo. Mas sempre, sempre do lado dos vencedores. Será que para o senhor Amaral o Islão está a caminho da vitória?
De vitória em vitória até ao estertor final. Da minha sociedade, assente na pluralidade de ideias, no poder das rotativas e dos parlamentos que não sejam lacaios de poderes que ninguém conhece ou que pelo menos, não nos cerçam as liberdades individuais.

Bem vindos

Bem vindos a parte dos testes neste dia de carnaval...Eh eh! Parece partida.