21 novembro 2006

Menos 5 milhões de euros na região

Há cerca de um mês os trabalhadores da Johnson souberam, de um dia para o outro, que a empresa ia encerrar. São 700 pessoas. Na semana passada a Malhacila comunicou o encerramento e colocou na rua 105 trabalhadores. A um salário médio de 500 euros e em contas que pecam, necessariamente, por defeito, são menos 5 milhões e meio de euros que ficam na região. E já se sabe que vêm aí mais encerramentos. Situações que colocam em causa a aposta no desenvolvimento no eixo da EN 234. Salários baixos mas que permitiram a muitos jovens desenborregar e lançar-se na vida activa. E que temos nós actualmente? Tricas politicas entre PSD e PS que nada resolvem e nada adiantam. Com a Bulgária à porta da EU, com salários mínimos de 85 euros (e acreditem que naquelas paragens é algum dinheiro) que temos nós que possa contrariar esta situação? Zero. Nada. Nada que traga estes postos de trabalho de volta e nada que recupere o investimento perdido. Nada que reduza a burocracia para quem quer investir. Nada que agilize a criação de novos empregadores e nada que traga a estas pessoas um paliativo de esperança. São estes tempos, modernos e socialistas onde o que se diz e o que se pode fazer é dar uma palavrinha aos cavalheiros da segurança social e do instituto de emprego para que estas pessoas recebam da parte do Estado, aquilo a que têm direito. É obra.

16 novembro 2006

Amadeu Araújo, bombeiro do Quadro de Honra dos Bombeiros Voluntários de Viseu desde 26-06-2003

Outro blog, este em http://bombeirosviseu.blogspot.com/ vão sendo desfiados os dias negros de determinada instituição. Como de costume, lá estou eu, de frontal bem aberto. Pena é, que ao contrário do que dizia esta semana Rita Ferro Rodrigues na sua habitual coluna no «Expresso» sobre a temática, o anonimato seja usado, não para denunciar situações menos claras e mais esconsas, mas para denegrir, insultar e vilipendiar. Por mim prefiro a frontalidade e, se preciso for, as bengaladas. Porque posso ter sido tudo e feito tudo. Mas algumas certezas, eu tenho. Ganhei o direito ao Quadro de Honra e isso deve ser engulho que custa a muita gente. E isso, para o bem e para o mal, faz de mim, também, Bombeiro. E antes disso, fui despedido dos bombeiros e ganhei o processo no Tribunal de Trabalho. Aos dois patrões. Ao que se escondia na cooperação técnico operacional e ao que dava a cara e emprestava os números de contribuinte e da segurança social. Contra tudo e contra todos, o acordo foi assinado. Depois e da única vez que queimei documentos de instituições ligadas aos bombeiros, foi feito o respectivo auto de abate e discriminado tintin por tintin o que foi queimado. Por outro lado nunca vendi a alma para deixar de ser bombeiro voluntário e passar a ser profissional de bombeiros. Seja sapador, aéreo, municipal, telecomunicações, motorista e por aí fora. Não estou, jamais estive e jamais estarei à venda. E quanto ao jogo sujo, ao diz que disse, às ameaças veladas de que se falas, levanto-te mais um podre, estou perfeitamente tranquilo. Estou-me bem a cagar para aquilo que se conta, se afirma, se sussurra e se ventila. São 35 anos de total transparência. Até em puto, quando me cagava, borrava-me à vista de todos e à tripa forra. Sem subterfúgios e sem fazer fretes. Porque, voltando ao blog, conheço-vos quase a todos. Sei os basbaques que não percebem nada de informática e encomendam a missão. Conheço as famílias que defendem a família. Conheço os «Canarinhos» que se acobardam no anonimato. Conheço os que não me gramam e enviam o recado. Enfim, como já disse esta semana por e-mail a alguém, mesmo que não os conhecesse, tenho a tecnologia e os contactos para saber quem são os camursas, os pingalume, os mosquetões, os coordenadores, os dos pirulitos, os internacionais, os ferros. Enfim, conheço-os todos. E a ultima certeza que tenho é que tenho profissão ganha por mérito próprio e sobretudo respeito-a. E pratico-a. E sei muito bem distinguir os factos da opinião. E os factos são óbvios. A gestão dos Bombeiros Voluntários de Viseu não tem sido transparente e por isso está a ser investigada. Depois, como a instituição é de Utilidade Publica, usufrui de vantagens fiscais por essa via e recebe dinheiros públicos para a prossecução dos seus fins, interessa a toda, mas toda, a gente. Por fim, nesta casa, como noutras idênticas, lê-se algures que e cito de cor, “a associação existe para prover as necessidades do corpo activo”. Haja discernimento, inteligência e sobretudo compostura de quem a deve ostentar. Portanto, hoje como em 1997, 2000 e 2003, continuo a dar a cara e não viro a cara à luta, nem tão pouco fujo nem escondo o passado. Por isso meus amigos, façam o favor de ser felizes porque de bombeiros, de honradez e sobretudo de discernimento estamos conversados.

PS: Em Leiria um individuo foi a tribunal por causa de um blog. A acção corre os seus trâmites. Na Covilhã outro indivíduo está a contas com a justiça por cauda de um blog. Como vêm, quando é preciso saber quem é quem, tudo se descobre e tudo se sabe.

PS 2: Neste blog os comentários são completamente livres e ficam postados ad eternum.

Quero ser um boy, pleeeease!

Lê-se no «Viseu Senhora da Beira», disponível em http://gamvis.blogspot.com/ e não se acredita. Um director de um organismo público, pago com o dinheiro dos nossos impostos, resolveu encerrar o departamento para comemorar o aniversário. Fica-se estupefacto. Não podia ser ao jantar? Este é o reflexo do plano tecnológico? E o cidadão? Que se cosa? Mas temos mais. Um cidadão que seja funcionário público, para ganhar 10 euros, tem que trabalhar no mínimo 4 horas. Pois não é, que em Viseu, um conservador, de uma das conservatórias da cidade, parece um relógio? Nove da manhã e já ele está numa conservatória, carregada de funcionários que não têm nada para fazer, a não ser aborrecerem-se de tédio, e levanta uns documentos. No final do dia, idêntica demarche. E zumba, paguem lá mais dez euros por dia ao senhor conservador. Entretanto, alegando dificuldades orçamentais, o governo eleito pelo Partido Socialista, o tal de esquerda e de preocupações sociais (os que criaram o rendimento mínimo, lembram-se?), resolveu cortar um direito com 20 anos e que foi instituído por Cavaco Silva. A célebre redução de 50 % no custo da factura telefónica da PT dos cidadãos idosos e cuja reforma é menos do salário mínimo nacional. Vamos ser completos. Fecha-se o SAP, as escolas e tudo o resto, deixa-se o idoso isolado e agora, pumba, cortamos-lhe o telefone. Ilação, se cortássemos o desperdício desteS boys não era melhor? Se reduzíssemos a despesa e aproveitássemos o aumento da receita para melhorar e dar dignidade à vida de quem mais precisa não era melhor? Enfim, cala-te e come. Haja socialismo.

12 novembro 2006

Em Viseu também contribuímos para o défice, PORRA!!!

Diz-me a imprensa nacional, ampliada pela única rádio da cidade que a “bossa de camelo”, aquele insulto à engenharia portuguesa, já contribuiu com 2,8 milhões de euros para os cofres da república. E aquilo fica assim. Não vai ter arranjo, nem compostura, nem solução. Primeiro porque se a tivesse, não seria feita - era o cumulo dos desperdício. Depois porque para ser feita de outra maneira iria chatear alguém e para isso já se chateou que chegue. Pelo menos os 47 mil habitantes que lá passaram e que poderiam nem estar de passagem. Quem usa veiculo nas deslocações urbanas, sabe que por ali e pelo IP 5 que sobrou, se chega mais rápido e mais seguro a qualquer ponto da malha urbana envolvente. Por isso, alegar aleivosias e brindar-nos com parvoíces é o que vamos continuar a ouvir. Porque na minha Pátria, as auto-estradas têm um aborto e na minha região as auto-estradas imitam os camelos. E entretanto esta rapaziada que ali passa, reduziu para velocidade segura e ainda assim, contribui aqui para o deficit. Por isso eu acho que a malta devia protestar e protestar pela mesma linguagem do governo. Não queremos mais cortes financeiros para o distrito, porque já contribuímos com mais de trinta milhões (sim eu sei, esqueci-me de contar o aumento exponencial de tráfego em Agosto) para o deficit. Ou então, exigimos uma portagem, e recuperamos o que o governo nos corta por via do PIDDAC. E aí. Aí é fácil. Processamos o concessionário. Porque como não podemos provar que somos nós que efectivamente pagamos a SCUT, poderíamos provar que pagamos o titulo. E entretanto, a cada dia que passa, mais pataco menos pataco, noventa e cinco mil euros diários de contributo para o deficit. Aquilo até foi bem baptizado. “Bossa do Camelo”, que somos nós todos que não exigimos que nos tratem com o respeito devido e ainda deixa-mos que nos enrolem com a de que vamos analisar e vamos monitorizar. Vão o quê? Vão à fava mas é.