20 abril 2006

Um governo pouco civil e um PS (policia simpático)

Sem pompa mas com circunstância o Governo Civil de Viseu inaugurou uma rampa de acesso para a pessoa portadora de deficiência. Chiça!!! Três anos depois do ano internacional da dita e convenhamos com pouca estética em relação ao edifício onde está instalada. E mereceu faladura do governador, dito de civil, como corolário do trabalho desenvolvido em prol dos cidadãos, que com ou sem deficiência são cidadãos como nós todos. Bolas, estou tão orgulhoso de ter conseguido realizar esta magnifica obra. Faladura? Circunstância? Para aquilo que é essencial e para a qual as pessoas pagam impostos? Orgulhoso da realização de uma rampa que deveria ter sido construída, ou inaugurada em 2003, ano em que, politico disse, se iam acabar com as barreiras arquitectónicas? Valha-nos São Asdrúbal, mais as sábias, sapientes e ilustres realizações do nosso governo civil. Na extinção deste anacronismo estaria um bom contributo para o propalado combate ao despesismo (e apesar do défice ir baixando, a despesa publica não para de crescer). Mas enfim, a classe politica, entrincheirada nas sedes partidárias continua a poder (e a mandar) mais que o desejo dos cidadãos e até, pasmo e abismo (diria o Ricardo), das intenções de um governo maioritário. Se alguém foi jantar ontem à Alemanha, era bom que ouvisse as palavras (estas realmente sábias) de António Arnault. É preciso reformar sem descurar o estado social. E exemplo patético, mesquinho e reles: com o orçamento do governo civil, quantos centros de saúde conseguiríamos manter abertos? Ou como diz outro empregado do Estado (o da saúde distrital) mais carros da saúde. Haja fé.

PS:

A PSP de Viseu tem um novo comandante cujo cunho pessoal vai ser operacional. É que estamos a importar crime, apesar da criminalidade ser na maior parte delitos contra o património, que chateiam os cidadãos. E os cidadãos pagam para quê? De resto nova esquadra? Sim, não sei, talvez… Mais meios? Sim, não sei talvez… entretanto terminou o diagnóstico da região em termos de crime. Mas esses diagnósticos não estão feitos? Eu faço o meu: 3 café em tantas estações de serviço nocturnas e não se vê um patrulheiro. Todavia, a partir das 04h30, elevada concentração de agentes na rotunda do Viso (sul e norte). Crime? Operação STOP? Bolos… Haja gula!

18 abril 2006

O jornal do Guedes e a Comissão de ética do Parlamento

Realiza-se hoje e amanhã um seminário promovido por uma comissão de ética do nosso parlamento, do nosso não - do que merecemos. E que diz o presidente dessa magnifica comissão (que já foi presidida pelo super Mário, lembram-se?)? Diz que episódios como o da semana passada acontecem e que ele, e cito a TSF, no seu entendimento de deputado, considera que “apesar de ter faltado à votação, estive a realizar trabalho parlamentar”. Entretanto aqui neste distrito alguns estavam, em Tondela (que porra chata não haver eventos destes na Pesqueira, Tabuaço ou mesmo em Cinfães…). Mas atente-se no condão ubíquo deste novel presidente ético. Claro, está mais que visto que não precisamos diminuir o número de deputados, precisamos é de o aumentar, pois então, até para que as coisas sejam aprovadas (só não percebo como é que com tanta tecnologia ainda não se lembraram de inventar o tele-deputado!). E sobretudo atente-se que estes fulanos não dão justificações, enrolam-se e claro, não representam o distrito, representam a republica. Pois então eu não quero ser representado. Entretanto no e-mail o sítio dos jornalistas dá conta que um jornal de Santa Comba Dão, dirigido por um Guedes (meu companheiro., pressuponho) se queixa que a autarquia lá do sítio não lhe dá publicidade e que a sobrevivência do jornal está ameaçada. É uma porra triste., Coitados aquilo é só empregos para a malta nova, famílias inteiras a depender do trabalho dos escribas e dos paginadores. Temos que lembrar o Trocas que está na hora de reactivar o subsídio do papel. Lembram-se desses tempos deliciosos? Queres um conselho Guedes? Fecha a tasca. Queres um concelho Guedes? Vai para Canas. Então mas agora a sobrevivência dos jornais mede-se por um único anunciante? E cadê a resistência e a independência? E no anterior mandato caía pilim? E depois, querem ver que agora as autarquias são obrigadas a subsidiar os jornais através da publicidade? Ou temos o novo modelo dos empreiteiros a fazer escola na imprensa regional?Em suma, o que liga a ética ao Guedes? Tudo. É preciso é ir vivendo, um dia de cada vez, ou melhor um plenário de cada vez, ou melhor ainda, uma edição quando calha. Valha-nos Deus. E o calendário. Hoje celebra-se o dia nacional dos

02 abril 2006

Mulher abre o vinho e dá-me a pistola que o celestino me trouxe

Lendo os jornais de hoje e ouvindo a rádio lá vem o vinho e os socialistas a implicarem (apetecia-me dizer marrar, mas por respeito pessoal ao tutor, deixemos ficar o implicar) com o vinho. Percebe-se. Em Trás-os-Montes é tudo bom, excelso e excepcional, menos o vinho. Mas porquê implicar com os viticultores e com um modo de vida que dá mérito ao país, traz dinheiro para dentro, exporta e dá emprego a uns quantos milhares? Então e as cervejeiras? E o lançamento de uma nova cerveja a cada seis meses? E os bares? E a fiscalização? Então e a culpa do grau de alcoolémia dos condutores ao volante é do Quinta do Sobral (Dão 2001) que já está a respirar e a preparar-se para acompanhar um requintado assado? Resta-nos esperar que este governo que tem o pendor das minorias (dos homossexuais, das quotas, dos imigrantes, dos apátridas, do Bloco de Esquerda) se volte um dia para a minoria dos anarco-vitivinicolas (volta Jorge Plácido) e nos deixe beber o nosso tinto em paz!!! Que merda de desgoverno que só é permissivo para o colarinho branco e para os crimes cometidos por políticos em funções! E repressivo para quem fazendo gáudio de ser português bebe um tinto, come uma pá assada, enrolada numas batatas minúsculas, dançando com broculos e cenourinhas. Isto é cada vez menos um país e cada vez mais uma coutada. Dos gajos que mandam em Lisboa, caçam no Alentejo, dispõem de motorista e carro pago por nós e pelo imposto especial de consumo e como a lei anti-tabaco já está quase vestida, fumam charutos nos passos perdidos dos corredores onde apalpam a coxa do secretário (porra- não me enganei). Chiça.

01 abril 2006

Desabafos de uma tarde melancólica e justa!!!

Que diabo, que me interessa a mim o Mourato e a assembleia municipal se se está a desenhar uma novo mapa administrativo do país (referendo só serve para gastar dinheiro)? Que me interessam a mim coisas de Aveiro? Duas boas ideias que se desmoronam, ou pelo menos que parece que. Afinidades. Beira Alta (a revista é o tachinho da elite, dita pensante, da cidade mais alta) coisas em comum, problemas idênticos (voltemos ao Mourato e ligue-se com o norte deste distrito). Enfim, ambições comuns. Depois a maneira por quem é feito. Uma escola (cá em baixo parece-me que ainda é). Uma coisa pensada e que resultou e resulta. Cá e lá. Mas lá está-se a perder a chama e…Bom tem dias que eu nem sei se hei-de ler o cartaz ou, em alternativa e pelos vistos o mais sensato, ligar-me noutro rolo e zumba no malhadinhas. Ele é bola, ele é pífaro, ele é bolos de bacalhau, eu sei lá! Que diz isso ás pessoas? Que lhes interessa isso? Se já houvesse A 25, aí, poderia condescender (quanto mais não seja porque é sábado). A outra, bem a outra chamemos-lhe betoneira (desculpai-me Amigos meus que resistis). Betoneira porque o é e por pudor, meu. Afogaram em betão e areia (espero que seja da cabeço de prego) ideias revolucionarias numa perspectiva de combate ao marasmo e ao tédio instalado). Há quem resiste, mas ainda há muito rabo sentado (e visto de trás, quase quadrado). Enfim, não quero mais o exílio, não vejo moinhos de vento. Bebo cerveja, fumo cigarros e carapau e passeio-me, indago e pergunto. Mas que diabo isto é que é a modernidade? Valha-nos a "primavera da alma"!